Saiba como será o ressarcimento dos aposentados e pensionistas roubados, segundo o presidente do INSS

O presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social, Gilberto Waller Júnior, garantiu nesta terça-feira (06/maio) que o pagamento do ressarcimento aos aposentados e pensionistas lesados na recente fraude bilionária será realizado diretamente na conta do benefício previdenciário. Em entrevista à CBN, Waller foi enfático ao declarar: “Será feito via benefício, via conta do benefício. Nada de PIX, nada de depósito em conta e nada de sacar em banco”.
O início dos pagamentos ainda não foi divulgado, mas, segundo o presidente, os beneficiários receberão os valores descontados indevidamente na mesma conta onde já recebem seus pagamentos mensais do INSS. “Da mesma conta que ele recebe, o seu benefício previdenciário vai ser depositado”, explicou Waller. A forma de pagamento será por meio de “folha suplementar — que é uma folha de pagamento adicional, utilizada para cobrir pagamentos que não foram incluídos na folha principal”. Ou seja, o valor do ressarcimento será creditado junto com o benefício mensal.
Diante da tentativa de golpistas de se aproveitarem da situação, o presidente do INSS fez um apelo veemente aos segurados: “Por isso eu peço, é para todos: não caia em outros golpes, não assine nada, não abra link, não acredite em ninguém que esteja vendendo facilidade”. Waller alertou que criminosos estão contatando aposentados por telefone e WhatsApp, se passando por funcionários do INSS e utilizando dados das vítimas para prometer uma falsa devolução dos valores.
Na segunda-feira (05/maio), o novo presidente do INSS já havia informado que o plano de ressarcimento está em fase final de elaboração e deve ser apresentado até a próxima semana. Waller também mencionou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou agilidade na execução dos pagamentos.
A investigação da fraude revelou que entidades sindicais que oferecem serviços a aposentados realizavam cadastros não autorizados e efetuavam descontos mensais nos benefícios pagos pelo INSS. A estimativa do instituto é que cerca de 4,1 milhões de beneficiários podem ter sido vítimas desses descontos indevidos, gerando um prejuízo que pode alcançar a cifra de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Uma investigação conjunta da Polícia Federal e da CGU (Controladoria Geral da União) expôs o esquema fraudulento que lesou um grande número de aposentados e pensionistas.
(Fonte: Gazeta Brasil)