Segundo a perícia carro que matou adolescentes estava a 140 km/h
O Fiat Fastback Turbo que se chocou na fachada de um comércio no bairro São Deocleciano, estava a 140 km/h, segundo o laudo da perícia produzido pelo Instituto de Criminalística de São José do Rio Preto.
Três adolescentes morreram em decorrência do acidente que aconteceu em 09/julho deste ano. O veículo estava em uma velocidade maior que o dobro permitida pela via, que é de 60 km/h, e era conduzido por um adolescente, de 17 anos, que sobreviveu com graves sequelas neurológicas.
Segundo o inquérito policial presidido pelo delegado Marcelo Ferrari, titular do 3º Distrito Policial, há imagens que mostram o adolescente assumindo a direção do veículo e saindo de dentro de um condomínio aproveitando a cancela se abrir para um outro veículo sair.
O inquérito tem a finalidade de investigar se houve ato infracional cometido pelo adolescente (homicídio e lesão corporal na direção de veículo automotor) e identifica se houve o crime de entrega de veículo para pessoa não habilitada cometida pelo dono do carro.
A Polícia Civil diz que já sabe que apesar de o veículo estar em nome da empresa dos pais do adolescente, quem dirigia com frequência era a mãe do rapaz que relatou em depoimento que nunca autorizou o filho a dirigir e que ele pegou as chaves de dentro de sua bolsa enquanto ela dormia no dia do acidente.
Caso seja acusado e condenado, a modalidade do ato infracional se encaixa em culposa, quando não há intenção e sim negligência, imprudência ou imperícia de quem a provoca. Porém, diante do quadro de saúde do adolescente, caberá ao Ministério Público determinar se haverá a imposição de medida socioeducativa.
O inquérito policial deverá ser concluído nos próximos dias.
O fato
O acidente aconteceu na rua Virgílio Dias de Castro, no bairro São Deocleciano, no início da madrugada do dia 09/julho/2023. O veículo Fiat FastBack era conduzido por um adolescente, de 17 anos, e com ele estavam mais quatro menores de idade.
Duas estudantes, de 15 e 17 anos, morreram na hora. Um adolescente de 15 anos morreu 42 dias após o acidente e um passageiro, de 17 anos, sobreviveu com várias fraturas.
O motorista teve alta hospitalar, mas faz tratamento domiciliar por apresentar graves sequelas neurológicas e necessitar de suporte médico 24h.
(Fonte: Dhoje Interior/Danielle Molnar)