Emanuelly Vitória Nunes, torcedora fanática do Mirassol, de apenas 11 anos, encontrou no time do interior paulista um alicerce durante um dos momentos mais difíceis de sua vida.

        Em 2023, ela descobriu que estava com leucemia e começou o tratamento de quimioterapia em São José do Rio Preto. Ali, a paixão pelo clube amarelo e verde já havia se manifestado, muito antes mesmo de a equipe se tornar a sensação da elite nacional.

        Hoje, a garota está completamente curada, o que rendeu uma homenagem antes da vitória do Leão sobre o Internacional, na última quarta-feira (15/outubro), pela 28ª rodada do Brasileirão.

        Glauciene Fernandes e Everton Nunes, pais da Manu, falaram sobre como foi ver a filha ao longo do tratamento e a importância do clube de coração em todo o processo.

        “Em dezembro ela perdeu o cabelo de novo, pois teve que tomar doses mais fortes do remédio pela sonda. E esse foi o período mais difícil para mim. Ver ela sem cabelo, mas com esse sorriso deslumbrante que ela tem e a força que teve até aqui. Ela internava com a bandeira, camiseta do Mirassol”, disse a mãe.

        “Dá para dizer que ela nasceu de novo, eu ganhei outra filha nesse período. Não foram fáceis esses anos, a gente ia trabalhar e ficava com medo de saber se ela estaria lá, mas hoje é só alegria. Eu creio que um pouco da doença da minha filha foi o Mirassol que curou”, explicou o pai.

        Manu, desde o começo do tratamento, ia até o Centro de Treinamento do Mirassol para curtir e receber o apoio de jogadores e à comissão técnica. Como não poderia deixar de ser, assim foi no dia da sua última sessão de quimioterapia.

       A menina, apesar da pouca idade, deixou uma lição sobre resiliência e agradeceu o apoio de todas as pessoas desde que descobriu o câncer.

        “Temos que aprender uma coisa, Deus nunca dá um fardo para quem não consegue carregar e eu pensei que precisava ir para frente e que eu ia conseguir. Se a gente fica pensando que não vai conseguir batalhar, desanimamos, e não conseguimos vencer. Eu já torcia (pelo Mirassol), mas depois disso, foi uma luz, um remédio que eles me davam”, friou Emanuelly.

         “É bom ter amigos que falam que vai estar tudo certo, estão do seu lado para o que você precisar e confiar que você vai conseguir – afirmou a garota.

        Manu fez ainda um agradecimento a jogadores e até ex-jogadores do clube após a homenagem da última quarta-feira. Na partida em questão, ela entrou em campo ao lado do atacante Negueba, um dos seus ídolos no time.

        “O tio Camilo foi uma das pessoas que mais me ajudou, o tio Osman que também me ajudou muito, não tem o que falar dele. Negueba, Lucas Ramon e Gabriel, que me ajudaram muito”, destacou a menina de 11 anos.

(Fonte: G1 São José do Rio Preto e Araçatuba)