Na noite de sábado (26/agosto), agindo em legítima defesa, homem de 75 anos atirou e matou um rapaz, de 29 anos, na região rural de Potirendaba (SP). De acordo com informações do registro policial, a vítima é ex-namorado da neta do suspeito, que invadiu a casa procurando por ela e partiu para cima, chegando a golpeá-lo e feri-lo com a arma branca. “Tanto a vítima quanto a neta do idoso são usuários de drogas”, segundo ele informou em depoimento.

     Policiais militares declararam na Central de Flagrantes que foram acionados para uma ocorrência de possível homicídio em Potirendaba. No local, o envolvido os recepcionou com o braço machucado e contou que “o rapaz tentou agredi-lo e também a neta. Por isso disparou contra ele”. O facão utilizado pela vítima estava no chão, próximo ao corpo. O próprio idoso acionou a PM após os disparos.

     Os agentes encontraram a vítima sem vida. A morte foi confirmada em seguida pelos socorristas que atenderam a chamada.

     Após reafirmar que havia agido em legítima defesa, apresentou o revólver calibre 38 utilizado, com cinco munições, sendo que três foram disparadas. Ele acrescentou que “o ex-namorado da neta já havia ameaçado toda a família de morte antes e que durante a tarde tinha brigado com ele e pedido que fosse embora. Só que retornou mais tarde com o facão, invadiu, aparentemente sob efeito de drogas, a residência e passou a procurar pela ex-namorada [que não estava no local]. Após vasculhar pela casa toda e não encontrá-la, partiu para cima dele e acertou um golpe no braço, causando ferimento. Nesse momento, sacou a arma e disparou três vezes, em seguida ligou para a polícia contando o ocorrido”.

     Em relação ao revólver, alegou “que o tinha há vários anos e comprou na capital paulista para proteção, já que mora em sítio”, disse o idoso.

     A arma tem numeração suprimida, o que o idoso relatou não saber. Ele foi encaminhado para a delegacia, onde o delegado de plantão confirmou, após analisar os fatos, depoimentos e evidências, que agiu realmente em legítima defesa.

      O facão foi recolhido e apresentado junto da ocorrência e a perícia técnica trabalhou no local.

     Agentes acrescentaram que o rapaz já era conhecido dos meios policiais e já tinha passagens criminais, sendo realmente usuário de drogas, inclusive, tendo registro de ocorrência anterior contra ele.

     O idoso acabou qualificado pelo crime de ‘porte ilegal de arma de fogo com numeração suprimida’. Ele foi encaminhado ao IML para exame de corpo de delito e em seguida a carceragem local, sem direito à fiança.

(Fonte: Gazeta de Rio Preto)