“Um soco no peito em toda a imprensa”, diz jornalista agredida no Itamaraty

   A vinda de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, para o Brasil na reunião com presidentes da América Latina foi um assunto super negativo no mundo das notícias com a atitude dos organizadores que tinha o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva como o cabeça mor. Praticamente o mundo inteiro colocou como manchete de 1ª página desentendendo a atitude do presidente brasileiro como tratou o ditador venezuelano. E até muitos petistas não concordaram com tal atitude.

      O presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, foi um que durante sua fala, não maneirou suas palavras da forma que Lula tratou Maduro.

     E para fechar com chave de porcaria o evento, nessa terça-feira (31/maio), durante uma entrevista coletiva no Itamaraty, com os presidentes participantes da reunião,  um segurança aplicou um murro no peito da repórter  Delis Ortiz, que foi pro chão quando ela perguntou ao Nicolás Maduro sobre a dívida da Venezuela com o Brasil.  

     Delis Ortiz, da TV Globo, foi agredida durante tumulto, quando os seguranças tentavam impedir profissionais da imprensa de chegarem perto de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.  Em entrevista ao canal Globo News, Delis Ortiz, repórter da TV Globo, que foi agredida durante cobertura da cúpula de presidentes sul-americanos realizada no Palácio Itamaraty, em Brasília, nessa terça-feira (30/maio), comentou a respeito da confusão que envolveu ela e outros profissionais de imprensa.

     “A imprensa não pode aceitar isso em lugar nenhum no mundo. Levei um soco no peito, na parte da cartilagem, que prende a respiração. Esse tipo de soco é de gente que quer fazer isso, não é sem querer”, comentou a repórter Delis.

     Na saída do evento, houve tumulto quando alguns presidentes pararam para conceder entrevista à imprensa. A situação agravou-se no momento da passagem do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, quando profissionais de imprensa foram agredidos por agentes da equipe de segurança. De acordo com o G1, os agentes eram seguranças do presidente venezuelano e outros que estavam a serviço do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da presidência brasileira.

     A Secom (Secretaria de Comunicação Social) afirmou, também em nota, que “se solidariza com a jornalista Delis Ortiz e repudia toda e qualquer agressão contra jornalistas. Todas as medidas possíveis serão tomadas para que esse episódio jamais se repita.

     A ANJ (Associação Nacional de Jornais), em nota, disse repudiar com veemência as agressões contra jornalistas que procuraram uma aproximação com o presidente Nicolás Maduro, da Venezuela, ao fim da reunião de presidentes do continente em Brasília, nesta terça-feira (30/maio). “A violência contra a imprensa é inaceitável em uma democracia. A ANJ aguarda uma apuração rigorosa das autoridades com a devida responsabilização dos agressores, sejam eles brasileiros ou estrangeiros“, afirmou a entidade.

     O SJPDF (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal) lamentou os incidentes ocorridos e cobrou que os órgãos governamentais “apurem eventuais abusos cometidos contra os profissionais da imprensa”, além de ser disponibilizada infraestrutura adequada, como púlpito, para o exercício do trabalho dos jornalistas em eventos desse porte.

     A Rede Globo repudiou o ato de violência e declarou que aguarda a adoção de providências e punição aos responsáveis.

(Fonte: GZH de Política)