GCM sofre acidente e tem moto furtada por ‘testemunhas’ em Rio Preto

        Um acidente chamou atenção no policial de Rio Preto na quarta-feira (12/março). De acordo com informações do boletim de ocorrência registrado, um guarda civil municipal atropelou uma mulher, possivelmente moradora de rua, caiu com a moto YBR 150 branca, sofreu ferimentos e ainda teve o veículo furtado por dois homens, que chegaram em outra motocicleta instantes depois, enquanto populares socorriam a vítima.

        Agentes que atenderam a ocorrência declararam na Central de Flagrantes que era por volta de 6h15, quando foram acionados. No local, tomaram conhecimento que o guarda municipal estava pilotando a moto sentido Centro-bairro e, após sair do plantão noturno se dirigia para o descanso, já sem farda. A arma particular, uma pistola calibre .380, estava numa mochila, guardada no baú fixado na traseira da moto. A pistola estava carregada com 16 munições.

        Segundo a vítima, seguia pela avenida Domingos Falavina e, em dado momento, uma mulher, que aparentava ser pessoa em situação de rua, atravessou a via na frente da moto, de forma repentina, olhando para baixo. Ainda tentou desviar, mas acabou pegando a mulher de raspão, momento em que ambos foram ao solo.

        Logo em seguida, uma motocicleta CG 125 Fan preta, com dois homens, estacionou, desceu o garupa e furtou o veículo da vítima, levando também a arma que estava no baú.

        O GCM não conseguia se levantar em razão dos ferimentos e segundo populares, a mulher envolvida, se levantou imediatamente e saiu do local sem ser identificada.

        A vítima disse que não teria condições dar características dos autores ou do veículo que eles usavam. O resgate do Corpo de Bombeiros o socorreu para o Hospital de Base, com suspeita de fratura na escápula.

Presos

        Durante a realização do registro, policiais militares informaram que estavam em deslocamento para atendimento de uma ocorrência quando, por volta de 8h45, avistaram a motocicleta YBR de cor branca, a qual possuía queixa de furto, em poder de um homem, posteriormente identificado como entregador de 30 anos. Ele tentava ligar o veículo, fazendo a chamada ‘ligação direta’. Na abordagem e em busca pessoal nada de ilícito foi encontrado.

        Questionado sobre referida motocicleta, ele informou no primeiro momento que um amigo pediu para levar na casa dele, indicando-a onde ficava. Foram até o local, onde o pintor de 34 anos não estava e conseguiram obter informações de que estaria na casa do pai dele. A equipe encontrou o suspeito deitado na calçada da casa do pai.

        Indagado sobre a motocicleta furtada, inicialmente negou o crime, mas depois de várias versões contraditórias, dentre elas a de que teria passado na rua e visto uma motocicleta caída no chão, mas que não a furtou, ao chegar na Central de Flagrantes e ver as vestes do comparsa que estava na garupa, acabou revelando que dirigia a moto Fan, estando na garupa o amigo entregador, e que teria sido ele quem praticou o furto, não revelando detalhes.

        Curiosamente, interrogados sobre o furto da arma de fogo, a dupla passou um a acusar o outro de ter levado a pistola, que acabou não sendo encontrada até o encerramento da apresentação da ocorrência. De acordo com os policiais militares, foram realizadas buscas na residência do entregador, cuja entrada foi franqueada pela companheira dele. Encontradas as roupas utilizadas pelo garupa durante a ação criminosa (calça preta e camisa polo azul), que foram apresentadas no plantão.

        Agentes mostraram ainda imagens do furto, onde foi possível identificar os autores por meio de tatuagem no braço e das vestes que ambos estavam usando. Nas imagens de câmera de segurança é possível ver o momento em que pintor chega dirigindo com o entregador na garupa. Ambos descem da motocicleta e vão próximo da vítima. Em seguida, o entregador pega a moto e também se retira do local.

        O pintor volta para a própria motocicleta e sai do local. A dupla recebeu voz de prisão, mantida pelo delegado de plantão. As prisões em flagrante (válidas por no máximo 24 horas) foram convertidas para preventivas (até 90 dias), sem direito a fiança. Com isso, os envolvidos permanecem à disposição da Justiça.

(Fonte: Gazeta de Rio Preto)